quinta-feira, 5 de março de 2015

Os Iluminados

Pretos velhos e Pretas-velhas são entidades de umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas, majoritariamente como escravos que morreram no tronco ou de velhice, e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. São divindades purificadas de antigos escravos africanos. Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".
O preto velho, na umbanda, está associado aos ancestrais africanos, assim como o caboclo está associado aos índios e os baiano aos imigrantes nordestinos.
São entidades que tiveram, pela sua idade avançada, o poder e o segredo de viver longamente através da sua sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria geralmente ligados à Confraria da Estrela Azulada dentro da Doutrina Umbandista do Tríplice Caminho (AUMBANDHAM - alegria e pureza + fortaleza e atividade + sabedoria e humildade), trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes. Muitas vezes se utilizam de outros benzimentos, como os utilizados pelo Pai José de Angola, que se utiliza de um preparado de "guiné" (pedaços de caule em infusão com cachaça) que coloca nas mãos dos consulentes e solicita que os mesmos passem na testa e nuca, enquanto fazem os seus pedidos mentalmente; utiliza-se também de vinho moscatel, com o que constantemente brinda com seus "filhos" em nome da vitória que está por vir.
São os mestres da sabedoria e da humildade. Através de suas várias experiências, em inúmeras vidas, entenderam que somente o amor constrói e une a todos, que a matéria nos permite existir e vivenciar fatos e sensações, mas que a mesma não existe por si só, nós é que a criamos para estas experiências, e que a realidade é o espírito. Com humildade, apesar de imensa sabedoria, nos auxiliam nesta busca, com conselhos e vibrações de amor incondicional. Também são mestres dos elementos da natureza, a qual utilizam em seus benzimentos.

NOMES DAS PRETAS - VELHAS
Vovó Arruda – Vovó Benedita – Vovó Cachimba – Vovó Cambina do Congo – Vovó Cambinda – Vovó Catarina – Vovó  – Catarina D’Angola – Vovó Catarina d’Aruanda – Vovó Cigana – Vovó Emília – Vovó Gracinda Africana – Vovó Jacira – Vovó Joana – Vovó Josefa – Vovó Luiza – Vovó Luiza da Praia – Vovó Luzia – Vovó Luíza – Vovó Maria Antônia – Vovó Maria Conga – Vovó Maria Preta da Bahia – Vovó Maria Quitéria – Vovó Maria Redonda – Vovó Maria Rita – Vovó Maria Rosa – Vovó Maria do Rosário – Vovó Raimunda – Vovó Rita da Bahia – Vovó Severina – Vovó Teresa do Congo – Vovó Zeferina
Vó Anastácia – Vó Benedita – Vó Benta – Vó Isaura – Vó Josefina ou Vó Zefina – Vó Juliana – Vó Justina – Vó Luzia do  – Rosário – Vó Maria – Vó Maria Chica – Vó Maria Cândida – Vó Nana – Vó Rita – Vó Rosa de Angola – Vó Sabina – Vó Serafina - Vovó Elza - Vovó Osmerinda.

NOME DOS PRETOS - VELHOS
João Baiano – João Marambaia – Mestre Cipriano – Nego Velho do Congo – Pai Ambrósio – Pai Amin – Pai Andre de mina -Pai Andre do Congo – Pai Antônio de Angola – Pai antonio das Almas – Pai Benedito – Pai Benedito da Angola – Pai Benedito da Guiné – Pai Benedito do Congo – Pai Benguela – Pai Carrero – Pai Chico – Pai Cipriano – Pai Congo – Pai Domicio – Pai Euclides – Pai Fabricio – Pai Felipe – Pai Fernando de Guiné – Pai Francisco – Pai Fulgêncio da Guine – Pai Gregório – Pai Guiné  -Pai Horacio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário